To display this page you need a browser with JavaScript support.

Obturou tem que restaurar

Entenda a diferença entre obturação e restauração

 

É muito comum confundir as palavras obturação e restauração, que indicam coisas diferentes na odontologia. Obturação é quando o espaço que anteriormente ficavam os nervos e vasos sanguíneos, agora limpo e vazio, é preenchido por um material obturador após tratamento dos canais radiculares. Porém, quando um dente precisa de reparo na parte de cima da gengiva, o certo é dizer que vamos restaurá-lo, e isso é feito com amálgama ou resina.

 

Após a colocação do material obturador no sistema de canais das raízes do dente, é muito importante que se faça o quanto antes a restauração dele com material que não permita infiltração de fluídos bucais. A microinfiltração nas restaurações é causa comum de eventuais insucessos do tratamento endodôntico, visto que permite a entrada de bactérias presentes nos fluídos bucais, o que causa nova infestação dos sistemas de canais.

 

Durante um tratamento de canal, é comum se usar restauração provisória, uma massinha branca conhecida como curativo, até a consulta seguinte. Ás vezes, por falta de tempo, cansaço do paciente em ficar muito tempo com a boca aberta, conveniência ou mesmo para esperar o efeito de alguma medicação colocada no canal, o curativo é usado. Porém, a capacidade seladora desse material é limitada; e, para que a infiltração seja evitada, ele não deve ser utilizado por muito tempo.

 

Normalmente, depois do tratamento endodôntico o paciente deve informar ao paciente o fim do processo, que o dente já foi obturado e que na visita seguinte ele será restaurado. Devido á confusão gerada por essas duas palavras, ou falta de clareza na troca de informações dentista-paciente, a pessoa vai embora achando que está tudo pronto. O dente que ás vezes incomodava e doía, agora não dói mais e tem uma massinha branca restaurando o lugar. Então, o paciente não aparece, acha que já pode viajar, cuidar de seus compromissos e voltar apenas no mês seguinte.

 

Em outros casos, o tratamento endodôntico é realizado por um especialista e a restauração será feita por outro profissional. Nesse intervalo, o dente fica somente com o curativo e á mercê da microinfiltração. Em ambos os casos, quando há necessidade de uma espera mais longa, o paciente deve informar o profissional que está terminando a parte do tratamento de canal, para que ele coloque uma restauração que tenha maior adesão ao dente, baixa solubilidade, resistência á mastigação e estabilidade. Geralmente, isso significa que o dente receberá, na mesma ocasião em que se obturou o canal, uma restauração em resina, ainda que a restauração definitiva seja feita por outro profissional. Recomendamos que o material provisório ou curativo não permaneça no dente por mais de uma semana.

 

Pelos mesmos motivos explicados anteriormente, o dente restaurado e que tenha tratamento de canal deve ser vistoriado a cada seis meses, para evitar que o desgaste, infiltração de bactérias ou cárie prejudique o tratamento feito. É bom lembrar que um dente com tratamento de canal pode ter cárie como qualquer outro. A diferença é que não vai doer, por causa da ausência dos nervos. Por isso, ás vezes, essas cáries passam despercebidas.

 

Fonte: Revista Vida e Saúde – edição de Dezembro/2008



Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.